O pesquisador nas margens do papel

Por Beatriz Damasceno

RESUMO

Estar diante dos rascunhos e sobras da oficina do escritor é sempre a oportunidade de descoberta e valoração da fortuna crítica do artista. Pelo arquivo, é possível perceber a intencionalidade do autor quanto ao desejo de tornar a escrita pública, a imposição dessa escrita e a responsabilidade do pesquisador de saber trazer à tona o material instigante do processo criativo. Desse modo, o trabalho propõe uma reflexão sobre a experiência do pesquisador que tem em mãos os manuscritos, rascunhos e esboços do processo de criação. Por meio do contato com arquivos de três escritores que têm acervo no Arquivo de Literatura Brasileira da Casa de Rui Barbosa: os originais de Explorações no Tempo de Cyro dos Anjos, organizados por Plínio Doyle; os detritos de escrita de Lúcio Cardoso, feitos após o AVC, traços que marcam a trajetória do escritor com a doença e os diários inéditos de Walmir Ayala, importante material para entender sua obra de ficção

Palavras-chave: Arquivo. Memória. Pesquisa. Escrita

Fonte: II Encontro de Arquivos Pessoais e Cultura
Tema 3 – O direito à intimidade: acesso, limites e parâmetros