Por Beatriz Damasceno
“O diário, mantido por muitos escritores, é um gênero que favorece uma rica reflexão sobre o meio cultural e sobre a oficina de criação do artista. É o registro feito “a quente”, tornando-se material valioso para o pesquisador e uma fonte de análise e entendimento do panorama literário. O escritor Walmir Ayala escreveu diários por muitos anos. Parte deles – de 1956 a 1962 – já está publicada, entretanto ainda há manuscritos e datiloscritos inéditos com inúmeras reflexões sobre vida, morte, poesia, religião, sexualidade, além de apresentar uma ampla visão das Artes plásticas e Literatura da segunda metade do século XX.
Neste artigo, com a finalidade de mostrar o quanto há de novidade e ainda guardadas nas gavetas do escritor, será apresentado o diário inédito Sangue na Boca (Diário IV), que corresponde ao período de 02 de janeiro de 1962 a 24 de dezembro de 1963. (…)
Continue lendo…